WWF

Descubra quanto de Mata Atlântica existe em você!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Recursos Hídricos

Recursos hídricos são as águas superficiais ou subterrâneas disponíveis para qualquer tipo de uso de região ou bacia.
Água é fonte da vida. Todos os seres vivos, indistintamente,
dependem dela para viver. No entanto, por maior que seja sua
importância, as pessoas continuam poluindo os rios e suas nascentes,
esquecendo o quanto ela é essencial para a permanência da vida no
Planeta.
A água é, provavelmente, o único recurso natural que tem a ver com
todos os aspectos da civilização humana, desde o desenvolvimento
agrícola e industrial aos valores culturais e religiosos arraigados na
sociedade. É um recurso natural essencial, seja como componente
bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias espécies
vegetais e animais, como elemento representativo de valores sociais
e culturais e até como fator de produção de vários bens de consumo
final e intermediário.

Recursos Hídricos no Mundo

No dia 22 de março, é comemorado o dia mundial da água. Se hoje os países lutam por petróleo, não está longe o dia em que a água será devidamente reconhecida como o bem mais precioso da humanidade.


A Terra possui 1,4 milhões de quilômetros cúbicos de água, mas apenas 2,5% desse total é doce. Os rios, lagos e reservatórios de onde a humanidade retira o que consome só correspondem a 0,26% desse percentual. Daí a necessidade de preservação dos recursos hídricos. Em todo mundo, 10% da utilização da água vai para o abastecimento público, 23% para a indústria e 67% para a agricultura.


A água doce utilizada pelo homem vem das represas, rios, lagos, açudes, reservas subterrâneas e em certos casos do mar (após um processo chamado dessalinização). A água para o consumo é armazenada em reservatórios de distribuição e depois enviada para grandes tanques e caixas d'água de casas e edifícios. Após o uso, a água segue pela rede de captação de esgotos. Antes de voltar à natureza, ela deve ser novamente tratada, para evitar a contaminação de rios e reservatórios.

Recursos Hídricos no Brasil

O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água. Tem a maior reserva de água doce da Terra, ou seja 12% do total mundial. Sua distribuição, porém, não é uniforme em todo o território nacional. A Amazônia, por exemplo, é uma região que detém a maior bacia fluvial do mundo. O volume d'água do rio Amazonas é o maior do globo, sendo considerado um rio essencial para o planeta. Ao mesmo tempo, é também uma das regiões menos habitadas do Brasil.


Em contrapartida, as maiores concentrações populacionais do país encontram-se nas capitais, distantes dos grandes rios brasileiros, como o Amazonas, o São Francisco e o Paraná. O maior problema de escassez ainda é no Nordeste, onde a falta d'água por longos períodos tem contribuído para o abandono das terras e para a migração aos centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro, agravando ainda mais o problema da escassez de água nestas cidades.


Além disso, os rios e lagos brasileiros vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível para captação e tratamento. Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, rios como o Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação pelo mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino, e pelo uso de agrotóxicos nos campos de lavoura. Nas grandes cidades, esse comprometimento da qualidade é causado por despejos de esgotos domésticos e industriais, além do uso dos rios como convenientes transportadores de lixo.

                   Importância dos Recursos Hídricos

A água é um elemento vital e indispensável para a sobrevivência e de certa forma a existência dos seres humanos e de todos os seres vivos de maneira geral. A água é essencial para quase todas as atividades do cotidiano do ser humano, a higiene pessoal e a higiene do ambiente em que vivemos é um exemplo claro disso. Também os cuidados de higiene com os alimentos e o cultivo dos mesmos dentre outras atividades que são influenciáveis na vida do ser humano.
Importância da água para os seres vivos
A água é essencial para quase todas as atividades do cotidiano do ser humano, a higiene pessoal.
Outra função que a água exerce na vida dos seres vivos, em especial dos seres humanos é que a mesma auxilia na prevenção de determinados tipos de doenças, tais como cálculos renais, infecções urinárias dentre outras patologias, e também auxilia na proteção do organismo contra o envelhecimento.

Qualidade das Águas

Enquadramento dos corps d'água - Bases conceituais

A Política de Recursos estabelece como um de seus fundamentos que a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas.
Os vários usos da água possuem diferentes requisitos de qualidade. Por exemplo, para se preservar as comunidades aquáticas é necessária uma água com certo nível de oxigênio dissolvido, temperatura, pH, nutrientes, entre outros. Em contraste, para a navegação os requisitos de qualidade da água são bem menores, devendo estar ausentes os materiais flutuantes e os materiais sedimentáveis que causem assoreamento do corpo dágua.
Portanto, os usos da água são condimentados pela sua qualidade. As águas com maior qualidade permitem a existência de usos mais exigentes, enquanto águas com pior qualidade permitem apenas os usos menos exigentes.
O enquadramento de um rio, ou de qualquer outro corpo dágua, deve considerar três aspectos principais:

I) O rio que temos:


Foto: Despejo no Riacho do Bodocongó. Campina Grande/PB. Paulo Libânio

"rio que temos" representa a condição atual do corpo d'água, a qual condiciona seus usos. Neste caso podemos ter as seguintes situações:

  • O rio apresenta boa condição de qualidade, sendo capaz de atender todos os usos da água atuais ou previstos. Neste caso, devem ser tomadas ações que evitem sua degradação, de modo a garantir seu uso múltiplo no futuro.
  • O rio apresenta alguns parâmetros de qualidade da água que impedem alguns usos agua, sendo necessárias ações específicas de controle das fontes de poluição.
  • O rio apresenta altos níveis de poluição para a maioria dos parâmetros, não permitindo a maioria dos usos, principalmente os mais exigentes como a preservaçã da vida aquática. Neste caso são necessários maiores investimentos e prazos para sua despoluição.
 II) O rio que queremos


                                                        Foto: Eraldo Peres/ Banco de Imagens da ANA


O “rio que queremos” representa a vontade da sociedade, expressa pelos usos que ela deseja para o corpo d’água, geralmente sem consideração das limitações tecnológicas e de custos. Em outras palavras o “rio que queremos”, representa uma “visão de futuro” para a bacia.
Em rios com pouca poluição “o rio que temos” pode já apresentar as condições do “rio que queremos”. Neste caso o enquadramento funciona como um instrumento de prevenção de futuras degradações da qualidade da água. Em rios com níveis pouco elevados de poluição, ações de controle das fontes deverão ser realizadas de modo a fazer com que o rio “que temos” se transforme no “rio que queremos”.
Nos rios altamente poluídos a sociedade pode desejar que o rio esteja limpo o suficiente para permitir a recreação e a pesca, apesar de hoje ele possuir um nível de poluição que impede estes usos. No entanto, mesmo se realizando altos investimentos e utilizando a melhor tecnologia disponível, pode não ser possível alcançar os objetivos desejados. Nestes casos os objetivos devem ser revistos de modo a se adequar ao “rio que podemos ter”.

III) O rio que podemos ter


O "rio que podemos ter" representa uma visão mais realista, limitações técnicas e econômicas existentes para tentar transformar o "rio que temos" no "rio que queremos".

Variáveis do Enquadramento
Portanto, o enquadramento é influenciado por aspectos técnicos, econômicos, sociais e políticos. O processo de enquadramento deve considerar todos estes aspectos para que sejam estabelecidas metas de qualidade das águas factíveis de serem alcançadas no horizonte de planejamento estabelecido. Se forem estabelecidas metas muito ambiciosas os custos podem ser excessivamente altos e de difícil realização.
Por outro lado, se as metas forem muito modestas, algumas situações de degradação da qualidade das águas podem se tornar irreverssíveis, impedindo os usos mútiplos das águas. É importante ressaltar que o enquadramento é um processo decisório onde estão em jogo a qualidade da água (que condicionam os usos da água), as cargas poluidoras e os custos para redução da poluiçao. Quanto melhor a qualidade da água desejada, menores devem ser as cargas poluidoras e maiores serão os custos para tratamento de esgotos.
Assim sendo, o enquadramento é um processo que procura garantir padões de qualidade da água compatíveis com os usos que dela se faz ou se pretende, em equilíbrio com a capacidade de investimentos da sociedade, representada pelos governos e atores envolvidos.
Com a qualidade da água é função da quantidade de água disponível no rio, que varia ao longo do ano (épocas de cheias e estiagens), a seleção da vazão de referência também integra o processo decisório (a qualidade da água será melhor para a vazão média do rio do que para a vazão na epoca de estiagem se as cargas poluidoras permanecem as mesmas). Por esse motivo, recomenda-se que sejam adotadas vazões de referência (Ex: Qmedia, Q95%, Q80%, Q7,10) ou curvas de permanência dos dados de poluientes monitorados para auxiliar no processo decisório.

Sistema de Enquadramento no Brasil

No Brasil é adotado o enquadramento por classes de qualidade. Este sistema faz com que os padrões de qualidade estabelecidos para cada classe sejam formados pelos padões mais restritivos dentre todos os usos contemplados naquela classe.
A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece as classes de qualidade para as águas doces, salobras e salinas.
As águas de classe especial devem ter sua condição natural, não sendo aceito o lançamento de efluentes, mesmo que tratados. Para as demais classes, são admitidos níveis crescente de poluição, sendo a classe 1 com os menores níveis e as classes 4 (águas-doces) e 3 (águas salobras e salinas) as com maiores níveis de poluição (figura 1).
Estes níveis de poluição determinam os usos que são possíveis no corpo d'água. Por exemplo, nas águas-doces de classe 4 os níveis de poluição permitem apenas os usos menos exigentes de navegação e harmonia paisagística.
   Figura 1. Classes de enquadramento e respectivos usos e qualidade da água.

Nas figuras abaixo é apresentada a relação entre as classes de enquadramento e os usos respectivos a que se destinam as águas-doces, salobras e salinas:

Figura 2: Classes de enquadramento das águas salobras e usos respectivos


Figura 3: Classes de enquadramento das águas salobras e usos respectivos
Figura 4: Classes de enquadramento das águas salobras e usos respectivos

Poluição dos Recursos Hídricos



A água é um bem precioso e cada vez mais tema de debates no mundo todo. O uso irracional e a poluição de fontes importantes (rios e lagos), podem ocasionar a falta de água doce muito em breve, caso nenhuma providência seja tomada.

Causas da poluição das águas do planeta

As principais causas de deteriorização dos rios, lagos e dos oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e esgotos. O ser humano tem causado todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle. Em função destes problemas, os governos preocupados, tem incentivado a exploração de aqüíferos (grandes reservas de água doce subterrâneas). Na América do Sul, temos o Aquífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizado.Grande parte das águas deste aqüífero situa-se em subsolo brasileiro.

Problemas gerados pela poluição das águas 

Estudos da Comissão Mundial de Água e de outros organismos internacionais demonstram que cerca de 3 bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias.Um milhão não tem acesso à água potável. Em virtude desses graves problemas, espalham-se diversas doenças como diarréia, esquitossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de seres humanos por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os precários sistemas de saúde destes países.

Soluções 

Com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, em março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos, estudiosos e autoridades do mundo todo aprovaram medidas e mecanismos de preservação dos recursos hídricos. Estes documentos reafirmam que a água doce é extremamente importante para a vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a valorização da água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente administração dos recursos hídricos.
Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no cotidiano todos podem colaborar para que a água doce não falte. A economia e o uso racional da água deve estar presente nas atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer drásticas conseqüências num futuro pouco distante.
Dicas de economia de água: Feche bem as torneiras, regule a descarga do banheiro, tome banhos curtos, não gaste água lavando carro ou calçadas, reutilize a água para diversas atividades, não jogue lixo em rios e lagos, respeite as regiões de mananciais.
Dicas para ajudar a diminuir a poluição das águas: não jogar lixos em rios, praias, lagos, etc. Não descartar óleo de fritura na r
ede de esgoto. Não utilizar agrotóxicos e defensivos agrícolas em áreas próximas à fontes de água. Não lançar esgoto doméstico em córregos. Não jogar produtos químicos, combustíveis ou detergentes nas águas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário